terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Pena nascer árvore
Pena nascer árvore...
Raízes presas ao chão,
galhos e folhas erguidos aos céus,
onde o vento os beija quando passa
e os levam junto
flutuando e passeando pelo ar
e pelo campo.
Até se perderem entre outros espaços,
à passos longos,
perdidos,
e não mais achados
de onde saíram.
Pena nascer como árvore...
Com pés presos ao chão,
cabeça alta como os galhos,
subindo em ideias.
E o tronco, sua mediação.
O tronco é o centro,
equilibrando todo movimento.
Os braços aos céus se erguem,
ovalados como as copas,
captam energia que circule,
traga e faça significado
no todo.
Pena nascer árvore...
Nascer num lugar
e ali permanecer.
Ver o começo
o meio
e o fim ao redor se estender.
E o começo de novo.
A finitude das vidas.
Sem poder se envolver
até quando chegar o seu fim.
Pena nascer como árvore...
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