segunda-feira, 10 de junho de 2013

Senhor do Mato

Ei senhor do mato
Venha pra cá para a cidade
Ei senhor do mato
Me deixa aí no seu lugar

Já vi tanta tristeza
Tanta conformação
Angústia fabricada
Eu quero o natural

Ei senhor do mato
Que feras há no matagal?
Ei senhor do mato
Se são como as da capital

São feras invisíveis
Consequentes da ganância
Será que estamos livres?
Somente o marginal

Ei senhor, tu me responde
Onde eu posso ver meus inimigos
Se os daqui ainda se escondem
Atrás de notas de papel

Tirando aquilo que é dos outros
Aquilo tudo que toda essa gente pensa
Roubando-lhes seus universos
E os jogando ao normal



Caio Vargas

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