Ei senhor do mato
Venha pra cá para a cidade
Ei senhor do mato
Me deixa aí no seu lugar
Já vi tanta tristeza
Tanta conformação
Angústia fabricada
Eu quero o natural
Ei senhor do mato
Que feras há no matagal?
Ei senhor do mato
Se são como as da capital
São feras invisíveis
Consequentes da ganância
Será que estamos livres?
Somente o marginal
Ei senhor, tu me responde
Onde eu posso ver meus inimigos
Se os daqui ainda se escondem
Atrás de notas de papel
Tirando aquilo que é dos outros
Aquilo tudo que toda essa gente pensa
Roubando-lhes seus universos
E os jogando ao normal
Caio Vargas
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