Dizer sem ouvir
Escrever sem revisar
De que serve nossa subjetividade
Senão para anular?
O outro sujeito
Suspeito
Malfeito
Intuito fortuito
De não se expressar.
Divagar demais pode ser devagar demais
Tanto, que tropeçaremos em nossa língua torta
Tanto, que bateremos a nossa cara em falsa porta
Tanto que a poesia, falecida, nasce morta.
Tantos poetas se escondem na Fantasia
Que se esquecem de rimar a vida com "bom dia!"
E de remar com os braços rijos
E de nadar na calmaria – Boiar é coisa para letargia!
Tantos poetas e nenhum desafio
Nenhuma novidade em seus olhares
Nenhuma solução em suas rimas
Nenhuma pista do que seria a sua via.
Nenhum deles... – pobre de mim! – Todos eles feitos de ventania–...Nenhum deles, quando se nega a dividir,
É poesia.
Gostei da dinâmica, do balanço das palavras que compõem os versos. Sou fã das rimas e do desafio de rimar sem que o texto fique medríocre. Curti!
ResponderExcluir"Pobre de mim!". Eu sou um deles!
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