segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Novo ato do novato

Dizer sem ouvir

Escrever sem revisar

De que serve nossa subjetividade

Senão para anular?


O outro sujeito

Suspeito

Malfeito

Intuito fortuito

De não se expressar.


Divagar demais pode ser devagar demais

Tanto, que tropeçaremos em nossa língua torta

Tanto, que bateremos a nossa cara em falsa porta

Tanto que a poesia, falecida, nasce morta.


Tantos poetas se escondem na Fantasia

Que se esquecem de rimar a vida com "bom dia!"

E de remar com os braços rijos

E de nadar na calmaria – Boiar é coisa para letargia!


Tantos poetas e nenhum desafio

Nenhuma novidade em seus olhares

Nenhuma solução em suas rimas

Nenhuma pista do que seria a sua via.


Nenhum deles... – pobre de mim! – Todos eles feitos de ventania–...Nenhum deles, quando se nega a dividir,

É poesia.



André Vargas

2 comentários:

  1. Gostei da dinâmica, do balanço das palavras que compõem os versos. Sou fã das rimas e do desafio de rimar sem que o texto fique medríocre. Curti!

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