segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lugar-comum


Quisera ser sem terra no campo imensurável do qual a lua minguante é vigia.

Quantas flores brancas, delicadas, dedicadas,

Quantas flores fui crescer no solo ingrato

Em que eu jazia...


Quieta, madrugada;

Mais amargo ainda

É regá-lo ao meio-dia.


Ao encontrar alguém desabrochando no Jardim do medo,

Use o sal da sua voz, dos olhos, do chamar – instrumentos de cultivar

Use-os, por calor.


Podar o medo

Na mata escura do juízo

Não deixar que ele avance

E vire um paraíso.



Nenheu neves

2 comentários: