segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lugar nenhum

Sobe o morro
Sobe ao Céu
Some a luz
E me acorda

Fica o quente
Sinto o frio
Que lá de dentro
A barriga apavora

Da garganta
Desperta o enjôo
Incomodada
Vomito o medo

Sem freio
Passando o carro
Tirando fino
Já entro em desespero

Aumentou a altura
Nas curvas há precipícios
Minha coluna já chama
Os gritos de calafrio

Serro os olhos
Sinto-me ofegante
Serra fim há de vir
No estalo de um instante

Lívia Frias

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