O tempo desgasta
As solas de suas sandálias
No chão das nossas cucas
Arrasta seus pés cansadamente
E deita na rede dos sorrisos
Enrugando o canto seco
Em nossas bocas.
O tempo é o velho de chapelão
Que, melancólico, vai pela calçada
O tempo é a todo tempo
Nada.
O tempo é a ferida inflamada na perna
O mato no casco do potro
O tempo é a todo tempo
Outro.
Andre Vargas
gostei dessa imagem: "E deita na rede dos sorrisos
ResponderExcluirEnrugando os cantos secos de nossas bocas"
Muito bom!
ResponderExcluirisso é vargas!
ResponderExcluir