quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tempo

O tempo desgasta

As solas de suas sandálias

No chão das nossas cucas

Arrasta seus pés cansadamente

E deita na rede dos sorrisos

Enrugando o canto seco

Em nossas bocas.


O tempo é o velho de chapelão

Que, melancólico, vai pela calçada

O tempo é a todo tempo

Nada.


O tempo é a ferida inflamada na perna

O mato no casco do potro

O tempo é a todo tempo

Outro.



Andre Vargas

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